Teoria da Relatividade de Einstein é comprovada em buraco negro
Após 26 anos de observações, cientistas confirmam a teoria
do físico Albert Einstein a respeito do comportamento de corpos localizados
próximos a buracos negros.
Comprovar uma teoria científica pode levar muito tempo: após
26 anos de observação, cientistas concluíram que a Teoria da Relatividade
Geral— publicada pelo físico alemão Albert Einstein em 1915 — foi aplicada com
sucesso no centro da Via Láctea. Para chegar a essa conclusão, os astrônomos
observaram o comportamento da estrela S2, que foi observada próximo a um buraco
negro que tem massa equivalente a 4 milhões de vezes a do Sol.
Por meio do instrumento Very Large Telescope, localizado no
Chile, o Observatório Europeu do Sul (ESO) concluiu uma análise que começou há
26 anos. Graças à tecnologia disponível na atualidade, os cientistas
conseguiram observar com detalhes o comportamento de uma estrela que passava
próxima a um buraco negro que está situado no centro da Via Láctea — a 26 mil anos-luz
de distância da Terra.
Foi possível detectar que a velocidade atingida pela estrela
era muito expressiva, de quase 3% a velocidade da luz, comprovando a teoria de
Einstein a respeito da influência de um campo gravitacional intenso sobre um
objeto espacial: a variação do comprimento de luz emitida pela estrela S2
apresentava os mesmos índices calculados pela Teoria da Relatividade Geral.
A oportunidade de observar o comportamento de uma estrela em
um campo gravitacional de enorme intensidade, como um buraco negro, permitiu
testar as leis da física em condições extremas. Além das observações realizadas
no observatório localizado no Deserto do Atacama, o trabalho contou com a
participação de pesquisadores de instituições francesas e alemãs.
De acordo com o ESO, a análise do comportamento da estrela
S2 só foi possível com o auxílio de equipamentos como o GRAVITY, que consegue
fazer medições precisas do posicionamento dos corpos celestes.
O buraco negro é um corpo tão grande que nada que estiver
dentro de um limite chamado de “horizonte de eventos”, nem mesmo a luz, pode
escapar da gravidade emitida por ele. Geralmente, eles se formam a partir do
colapso entre duas estrelas de massa expressiva.
Quando o físico Albert Einstein elaborou a Teoria da
Relatividade Geral, ele previu que objetos deformam o espaço-tempo à sua volta,
por conta da influência das interações gravitacionais. Planetas e estrelas
distorcem o espaço-tempo como se ele fosse um tecido. Já os buracos negros são
tão massivos que, além de distorcer, seriam capazes de "furar a rede que
tece o espaço-tempo.
Fonte:GALILEU
Por:Julia Grazielen
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