Ray tracing: como essa tecnologia pode impactar os gráficos do PS5 Texto copiado de https://www.meups4.com.br/especiais/ray-tracing-como-essa-tecnologia-pode-impactar-os-graficos-do-ps5/
SSD, áudio 3D,
retrocompatibilidade, 8K… Tudo isso a gente já está cansado de saber o que é.
Mas dentre as muitas novidades confirmadas pela Sony para o seu console de nova
geração, o provável PS5, uma chama a atenção por não ser tão difundida junto ao
público: o ray tracing. A ideia é que ela seja um salto importantíssimo de
qualidade visual nos próximos anos. É claro que se você é um cara super ligado
em tecnologia, já sabe do que se trata, mas para os leigos é interessante ter
uma noção do quanto isso pode fazer a diferença e impactar muito a capacidade
gráfica do PlayStation 5. O Meu PS4 vai tentar resumir e simplificar as coisas.
Para começar, tudo tem a ver com iluminação e renderização de imagens.
Rasterização x Ray Tracing
Mas antes de explicar o que é o
ray tracing, vamos falar da tecnologia atual, a rasterização. Ela é a forma de
renderizar imagens que os consoles dessa geração utilizam, e funciona assim: os
processadores gráficos do aparelho calculam como os muitos triângulos que
compõem modelos 3D deveriam parecer convertidos em pixels e imagens planas em
2D. Para iluminar esses elementos, é criada uma fonte de luz virtual, que
simula raios de luz para os pixels, influenciando na cor e no brilho do que
aparece na sua tela. Mas é difícil ser realista, porque a luz nesse caso
funciona quase como uma linha reta, iluminando os lados dos objetos próximos da
fonte e projetando uma sombra do outro lado; bem diferente da vida real. O ray
tracing entra na jogada para mudar isso. Ao invés de simplesmente traçar uma
linha da fonte para o objeto, ele faz o caminho inverso: calcula, a partir do
ponto iluminado, de onde a luz está vindo e o trajeto dela até cegar lá. A cor
de cada pixel é calculada com base nesses objetos da cena, na relação entre
eles e no número, tipo e posição das fontes de luz. Parece loucura, mas há
diversos algoritmos para identificar como a luz incide sobre cada cor, cada
tipo de objeto. Por isso, o nome é “traçado de raios”. Porque eles conseguem
visualizar até o quanto a luz salta, reflete e por aí vai. Só que, obviamente,
para isso é preciso ter um poder de processamento muito, muito maior.
O que
isso muda?
Bom, mas vamos ao que interessa: em que todo esse trabalho pode
melhorar os gráficos do PlayStation 5? A Nvidia já respondeu um pouco dessa
pergunta com a adoção do ray tracing em algumas placas de vídeo mais recentes
para PC. O desempenho de Battlefield V, que foi um dos primeiros jogos a usar a
tecnologia, é um baita exemplo.
O vídeo acima mostra um dos
grandes benefícios da tecnologia. Os reflexos são muito mais reais. Hoje,
quando você olha para um espelho ou poça d’água em um jogo, no máximo vê um
tipo de imagem borrada – e, as vezes, nem isso. Com o ray tracing, é possível
fazer, de fato, o reflexo ser “real”. Em tempo real e com a mesma qualidade
gráfica da imagem original. Já pensou em um jogo de stealth, por exemplo? Ter
que se preocupar que um inimigo pode te ver pelo reflexo no espelho? Ou
vice-versa? Metro Exodus é outro jogo recente que possui um excelente uso do
recurso, com imagens lindas, sombras mais realistas e um ambiente que tem um
“feeling” muito mais real, graças à iluminação. O site Tech Spot fez até um
benchmark do visual do jogo usando as placas GeForce RTX, que levaram o ray
tracing para jogos de PC, e os resultados são incríveis. O vídeo oficial da
Nvidia demonstrando a iluminação do game também impressiona. A comparação das
cenas com RTX desligado e ligado mostra bem a diferença que ele faz. Tudo
parece “mais vivo”.
O ray tracing não é novo, e vem
sendo usado em efeitos especiais de Hollywood há um tempo, mas nos games ainda
está engatinhando. A lista de jogos que suportam a tecnologia no PC, já
divulgada pela Nvidia, ainda é pequena. Porém, é bem provável que os exclusivos
do PS5, que virão nos próximos anos, já utilizem o recurso. Animador, não?
Por: Davi Silva
Fonte: meups4
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