BTS "juntos em shallow now"?
Em lagrimas, aii cara. Queria muito ter ido mas infelizmente
tive que ver esse maravilhoso sucesso de longe, mas foi o suficiente para me
fazer chorar, rir, sorrir, gritar e cantar... MAS ENFIM né.
Um coro de quatro minutos ecoou quando Jimin, Jungkook, RM,
Jin, V, J-Hope e Suga subiram ao palco do Allianz Parque, em São Paulo, neste
sábado (25), com direito a samba no pé e referência a "juntos e shallow
now" no fim. O show começou pontualmente às 19h, sem apresentação de
abertura.
A recepção com reverência e a devoção na forma de três meses
de fila, objetos de algumas centenas de reais e aprendizado de coreano são
dignas de superstars.
E é como superstars que os sete cantores do BTS, maior
fenômeno de K-pop da atualidade, se apresentam no palco: fogo, pilastras
gregas, duas estátuas de panteras e projeções de templos gloriosos são apenas
complemento do grupo performático e seguro no palco.
Eles abrem o show com uma das músicas do álbum que os colocou
no "mesmo patamar" dos Beatles. Com "Map of the soul:
Persona", o BTS se tornou o primeiro grupo desde os britânicos a emplacar
três álbuns no topo das paradas.
Com "Dionysus" levantaram a plateia de 42 mil
pessoas no Allianz Parque. "Vamos roubar a cena, somos demais", diz a
música. O estádio concorda.
Após duas músicas, eles param o som, conversam com a plateia
em coreano, inglês e se arriscam português. Alternam a grandiosidade e o
intimismo para cativar as fãs. E ouvem atentamente a cada sessão de gritos.
O show impressiona pela tecnologia e pelos efeitos. São dois
palcos ligados por uma passarela e sete telões que viajam pelo mundo com eles.
A turnê “Love yourself: speak yourself” começou em 4 de maio
nos Estados Unidos e desembarcou para dois shows no Brasil neste sábado (25) e
domingo (26). Após as apresentações brasileiras, eles seguem para a Europa.
De surpresa, surgem no meio do palco e mostram que aprenderam
a sambar. "Vocês querem?", perguntam em português, antes de sambarem
um pouco desengonçados.
"Eu espero muito voltar ao Brasil, vocês são ótimos.
Hoje foi fantástico. Juntos e shallow now", disse Jungkook em português.
O BTS também mistura pop efusivo com rap. Não à toa, o grupo
tem quatro cantores e três rappers. A diferentona da noite é
"Singularity". A melodia lembra os R&Bs mais românticos e V surge
no palco de pijamas em uma cama bagunçada.
Cada um tem oportunidade de brilhar sozinho no palco. Um dos
pontos altos é "Euphoria", solo do queridinho Jungkook. Com um pop
mais suave, ele voa pleno sobre a plateia preso a uma tirolesa para cantar os
versos sobre amor e êxtase.
"Idol" é uma das mais esperadas da noite. A música
que resgatou elementos da cultura típica coreana mas também trouxe batidas de
eletrônico fez o Allianz pular com as mãos pra cima e repetir sem parar o
refrão "oh oh ooh".
A última música da noite ajuda a explicar o sucesso do BTS:
"Nesta noite escura (não fique sozinho), como estrelas
(nós brilhamos), não desapareça porque sua existência é importante, vamos
brilhar", diz a letra de "Mikrokosmos".
Com mensagens sobre aceitação e problemas jovens, eles
cativam o público pelo apelo emocional.
O cenário é colorido e vibrante: projeções alternam neon e
cidades ao redor do mundo e espalham luz por todo o estádio. O palco ganha
cama, piano, escadas, pilastras, tirolesa. Fogos de artifício e jatos de fogo
completam a pirotecnia.
Show da plateia
Uma hora antes do show começar, o estádio cantava à capela a
música "Fire". Este foi apenas o primeiro canto coordenado.
Para todo o show, o fã-clube elegeu 11 fanchants (reações
sincronizadas) que foram de erguer corações vermelhos de papel a cantar trechos
de músicas no intervalo.
Munidos das army bombs (bastões de luz oficiais do grupo,
vendidos por R$ 250 no show), lanterna de celular com fita colorida e qualquer
outro apetrecho capaz de iluminar, os fãs acenderam o estádio, também
sincronizadamente.
Por: Azula
Fonte: g1.globo
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