À pancada na Beta de Mortal Kombat 11 Por 2019


O último Mortal Kombat X, foi lançado há quatro anos. A sua jogabilidade e grafismo não deixaram ninguém indiferente. Este Mortal Kombat 11 tenta seguir o mesmo caminho, juntando o feedback dos fãs e usando algumas mecânicas que a produtora aprendeu no último Injustice 2.

Foi um enorme privilégio experimentar Mortal Kombat 11 antes do seu lançamento. Tivemos acesso à Beta Fechada, que todos os que fizeram a pré-encomenda do jogo também têm acesso e poderão jogá-la até ao dia 1 de Abril. Esta é um versão de testes, exclusivamente online, que nos deixa experimentar cinco personagens do jogo. Entre elas, estão os conhecidos Scorpion e Baraka mas também outra caras com Kabal, Jade e a “novata” Skarlet. Gostávamos de ter mais personagens, obviamente, mas o que pude jogar com estas cinco, já me deram um importante vislumbre do que me espera no 11º jogo da série.



Sendo esta beta exclusivamente online, significa que não pude conhecer os outros modos que terei na versão final. Ainda assim, ao navegar pelo menu, fiquei a saber que, no futuro, teremos uma campanha, aquela que nos dará a conhecer Geras e Kronika, o regresso da famosa Krypt e dois modos com as clássicas torres de progressão evolutiva: Towers of Time e Klassic towers. Para quem gosta de jogar acompanhado existe ainda um menu “Fight” com mais quatro opções: Local, Tournament, Online e também AI Battle para “irmos aos treinos” contra a inteligência artificial.

No entanto, como já disse, a minha única hipótese era entrar no modo Online. O que me levou a experimentar os combates mais intensos contra outros jogadores. Assim que comecei a jogar, o que se destacou imediatamente é que este MK11 não é um jogo tão rápido como o seu antecessor. As personagens parecem mais “pesadas” e não se movimentam tão depressa como na concorrência. Querendo com isto dizer, que têm um ritmo mais “natural”. Estranhei ao início, confesso. Mas, com os combates que fui fazendo, ganhei alguma familiaridade com este novo ritmo. A impressão que dá é que há uma melhor noção de físicas e até alguma dose de “realismo” em cada golpe.




Para além da jogabilidade claramente mais pausada, existem outras novidades que tenho de assinalar. Os movimentos de ataque e defesa receberam uma revisão e perderam a barra de três partes, presente em Mortal Kombat X. Desta feita, foram colocadas duas simples barras, uma para defesa e outra para ataque. Estas barras vão enchendo, consoante a nossa interacção com o cenário. E melhoram também os nossos ataques, colocando mais ênfase na defesa de forma automática.

O popular ataque com raio-x também foi retirado. Mas, descansem. Agora temos os ataques Fatal Blow que podem ser activados quando a barra de energia está quase no fim. A activação surge da mesma forma, carregando nos dois gatilhos simultaneamente. Os fãs destes ataques e que gostam de ver o esqueleto do adversário a despedaçar-se, vão gostar de saber que os novos Krushing Blow, têm exactamente o mesmo efeito. Contudo, são aplicados sempre num ataque no momento certo. Assim que isso acontece, o tempo pára, a câmara aproxima-se e vemos os ossos a serem dolorosamente fracturados ou projectados pelo cenário.

Outra funcionalidade emprestada de Injustice 2, é a possibilidade de personalizar as nossas personagens. Mas, aqui esta funcionalidade foi amplamente evoluída, podendo mudar radicalmente o aspecto de uma personagem. Scorpion por exemplo, pode perder a sua característica vestimenta amarela e dar lugar a um fato de ninja branco (que, curiosamente, funciona muito bem). Mas há mais detalhes! É possível mudar o aspecto das armas, mudar a sua máscara (ou até retirá-la), mudar a ponta da lança e escolher outros fatos. Como já deu para perceber, as personagens podem ficar irreconhecíveis.

Mas, não é só o aspecto dos lutadores que podemos modificar. Tendo em conta que cada personagem tem três estilos de luta distintos, é possível mudar também os seus ataques especiais em cada um deles. Isto é feito através de uma interface intuitiva que nos permite escolher os ataques que queremos para cada um dos estilos. Também podem escolher o tipo de introdução nas entradas em ringue ou como festejam cada desfecho. É um nível de personalização que nunca vimos num jogo de luta e que fará as delícias de quem gosta de tornar o seu jogo numa experiência mais pessoal.




Falando no aspecto técnico, o jogo tem um visual deslumbrante. A base visual é claramente a de MKX, não há dúvida. No entanto, nota-se uma clara evolução nas expressões das personagens, especialmente durante a sua introdução. Na secção de personagens, a tal onde podemos personalizar os lutadores ao nossos gosto, existe um Photo Mode. Com esta funcionalidade, conseguimos ver as personagens em detalhe, fazer zoom, rodar e tudo o que estão habituados. Isto permite-nos ver pormenores que, de outra forma, passariam despercebidos. A textura da pele, o equipamento e até mesmo as armas de diferentes materiais, tudo tem pormenores fantásticos.

No geral, a impressão com que fiquei desta Beta, é que o jogo será o melhor e mais completo Mortal Kombat até à data. Fiquei bastante impressionado pelas mudanças e inovações. Injustice 2 deixou claras marcas neste Mortal Kombat 11. Há algumas questões que podem dividir a opinião dos jogadores, como a “desaceleração” da acção, deixando de lado as corridas de uma ponta à outra, com combos mirabolantes. Agora, há uma abordagem mais “natural”, com movimentos mais “realistas”, mas mantendo a violência bem ao estilo do que já estamos habituados na série.




Mal posso esperar para jogar o jogo final e conhecer todas as personagens e todos os modos de jogo disponíveis. Até ao dia 1 de Abril, vamos kombatendo na Beta online. Vemo-nos no ringue? A vossa participação pode ser crítica para ajudar na produção deste fantástico Mortal Kombat 11. O jogo será lançado no dia 27 de Abril para PC, PlayStation 4 e Xbox One e a Nintendo Switch recebe-o no mês seguinte.

Por: Davi Silva

Fonte: wasd

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