Morador de Itajaí cria desenho animado para ensinar língua brasileira de sinais Projeto compreende 13 episódios para ensinar Libras a crianças





Depois de ver a dificuldade de uma jovem surda para ser compreendida em uma festa, o morador de Itajaí Paulo Henrique Rodrigues criou um desenho animado para ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras). O animador de 27 anos lançou o trailer do primeiro episódio de Min e as Mãozinhas.



Veja o vídeo acima.



“Nesse dia me dei conta de que aprendi tantas coisas na escola, mas não aprendi Libras. Percebi que há um grande despreparo da maioria para falar com a comunidade surda e vi que a melhor forma para amenizar isso seria focar nas crianças. Foi assim que surgiu Min e as Mãozinhas, um projeto que une entretenimento e educação”, contou.



A história

O primeiro episódio da série tem oito minutos e conta a história de uma menina surda chamada Yasmin, conhecida como Min. Ela estava na casa da árvore quando um esquilo encontrou pegadas no chão e quis saber de quem eram. Eles vão até a floresta para descobrir quem deixou os sinais pelo caminho. Nesse passeio, encontram o elefante, o gato e o sapo. A todos, Min ensina, na Língua Brasileira dos Sinais, coisas como dizer o próprio nome e a falar “oi”.

O projeto prevê a criação de 13 episódios dentro de uma proposta pedagógica para disseminar a Libras. “Tive o auxílio dos educadores do Centro Municipal de Educação Alternativa de Itajaí (CEMESPI) que deram orientação sobre a língua e ainda a supervisão pedagógica de Isabel Hermes que propôs a união das histórias ao método do ensino de idiomas. O projeto deve compreender ainda o uso de livros didáticos. Para as próximas etapas espero encontrar parceiros, empresas que ajudem a dar continuidade ao trabalho”, explicou.


Com o projeto, Paulo quer também garantir acessibilidade às produções audiovisuais. “A ideia é simples, que as crianças surdas possam assistir desenhos como qualquer um, porque, na maioria das vezes, os desenhos não têm legendas e se têm, em geral, elas não têm alfabetização suficiente para acompanhar a leitura”, disse.


Por: Milena Reigota
Fonte:G1

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