Metaverso do Facebook: Horizon Workrooms é o primeiro passo
No que depender de Mark
Zuckerberg, o trabalho remoto vai ficar mais parecido com jogar videogame daqui
pra frente. Foi lançado nesta quinta-feira (19) em versão beta, o Horizon
Workrooms, um aplicativo do Facebook dedicado a explorar as possibilidades da realidade
virtual e reimaginar a experiência do home office.
Workrooms é a principal
experiência de colaboração do Facebook para permitir que as pessoas se reúnam
para trabalhar na mesma sala virtual, independentemente da distância física.
Ele funciona tanto na realidade virtual quanto na web e foi projetado para
melhorar a capacidade das equipes de colaborar, comunicar e se conectar
remotamente por meio do poder do VR.
E você poderá se reunir com seus colegas de equipe para um brainstorming, escrever algumas ideias em um quadro branco, trabalhar em algum documento, conviver e socializar ou simplesmente ter conversas melhores que fluem com mais naturalidade.
O aplicativo reúne algumas das
melhores novas tecnologias pela primeira vez em uma experiência na Quest 2,
usando recursos como mesa de realidade mista e rastreamento de teclado,
rastreamento de mão, streaming de desktop, integração de videoconferência,
áudio espacial e os novos Oculus Avatars.
A ideia de Zuckerberg é trazer
mais proximidade e o ‘contato’ mais realista ao meio corporativo que está
vivendo em isolamento social. “Trabalhar sem colegas ao seu redor pode ser
isolado às vezes, e fazer brainstorming com outras pessoas simplesmente não é o
mesmo se você não estiver na mesma sala”, diz comunicado publicado pelo
Facebook.
Mas, claro, a experiência do
Workrooms é elevada com o uso da Realidade Virtual, e isso pode impulsionar as
compras do Oculus Rift 2, produto do Facebook que está custando US$299 e, no
Brasil, custa em torno de R$3.000.
Alex Heath, redator do The Verge,
testou a experiência e relatou: “Mesmo com os bugs e os gráficos relativamente
reduzidos do Quest em comparação com a tela do meu MacBook, ainda me sentia
mais presente nas Workrooms do que normalmente me sinto em uma videoconferência
tradicional no Zoom, por exemplo. O rastreamento nativo de braço e mão, até os
movimentos dos dedos individuais, certamente ajudou."
"Um dos maiores fatores é o
áudio espacial do Quest. Quando alguém falava em um canto da sala, parecia que
sua voz vinha daquela direção. Em um ponto, o mapa de assentos foi alterado e
eu senti como se tivesse alguém - que estava sentado atrás de mim - estivesse
realmente falando daquele lugar”.
Zuckerberg acredita em uma
“internet incorporada” e recentemente chegou a dizer que deseja que o Facebook
seja pensado principalmente como uma empresa de metaverso - um conceito de
ficção científica que diz que um dia passaremos porções significativas de tempo
em um espaço digital totalmente imersivo. E a Workrooms se encaixa nas ambições
mais amplas da rede social de possuir a próxima plataforma de computação e
construir esse metaverso.
O Facebook tem usado o Workrooms
para reuniões internas há cerca de seis meses, de acordo com Zuckerberg. “Esses
tipos de experiências, nas quais você pode realmente se sentir presente com
outras pessoas, são, em minha opinião, uma maneira muito mais rica de interagir
do que os tipos de aplicativos sociais que conseguimos construir em telefones
ou computadores”, ressalta.
Vale lembrar que essa não é a
primeira vez que Zuckerberg tenta emplacar uma nova tecnologia voltada para o
estilo de trabalho. Ele também lançou o Facebook at Work, uma plataforma de mensagens
internas que não teve muito engajamento.
Por: Davi Silva
Fonte :theenemy
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